Faleceu o médium e líder espiritual Divaldo Franco, aos 98 anos, nesta terça-feira (13), em Salvador. Ele enfrentava desde 2023 vários problemas de saúde, incluindo um diagnóstico de câncer de bexiga, em novembro do ano passado.
A causa da morte foi falência múltipla dos órgãos, segundo a assessoria da Mansão do Caminho.
Reconhecido internacionalmente por seu trabalho humanitário e por décadas de atuação no movimento espírita, Divaldo deixa um legado de solidariedade, espiritualidade e educação, mas também uma reflexão importante sobre os cuidados com a saúde, especialmente na terceira idade.
O câncer de bexiga é o segundo tipo mais comum do trato urinário, atrás apenas do câncer de próstata, e representa cerca de 3% de todos os cânceres diagnosticados no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA).
A doença atinge majoritariamente homens com mais de 60 anos e está fortemente associada ao tabagismo, fator de risco presente em mais da metade dos casos.
De evolução muitas vezes silenciosa, o câncer de bexiga pode passar despercebido em seus estágios iniciais. O sintoma mais comum é a presença de sangue na urina (hematúria), geralmente sem dor, o que faz com que muitos pacientes demorem a buscar ajuda médica. Outros sinais incluem urgência urinária, dor ao urinar e sensação de bexiga cheia mesmo após urinar.
O tratamento do câncer de bexiga pode variar conforme o estágio e a agressividade do tumor, incluindo desde cirurgias para remoção do tumor, até quimioterapia, imunoterapia e, em casos mais graves, a retirada completa da bexiga (cistectomia).
Divaldo Franco, fundador da Mansão do Caminho, instituição que acolhe crianças e jovens em situação de vulnerabilidade, dedicou mais de 70 anos à causa humanitária e à disseminação da doutrina espírita.
Mais do que uma despedida, o falecimento de Divaldo Franco pode servir de alerta para a importância do diagnóstico precoce e da atenção aos sinais do corpo.