Brasileiros estão entre os cotados para suceder o Papa Francisco

Com o falecimento do Papa Francisco, aos 88 anos, após quase 12 anos de pontificado, a Igreja Católica entra em um momento de transição. O Colégio dos Cardeais se prepara para realizar o Conclave, processo que elegerá o novo pontífice. Especialistas já apontam nomes com maior peso na disputa. Conheça os principais cotados:

Pietro Parolin (Itália)

Atual secretário de Estado do Vaticano, Parolin é considerado o “número dois” na hierarquia da Santa Sé. Diplomata experiente, já atuou em missões delicadas envolvendo China, Vietnã e Oriente Médio. Nomeado cardeal por Francisco em 2013, é reconhecido por sua habilidade negociadora e discrição. Em 2024, esteve no Brasil em encontro com o presidente Lula.

Matteo Zuppi (Itália)

Arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana, Zuppi é uma das figuras mais próximas de Francisco. Ligado à Comunidade de Sant’Egidio, defende o diálogo inter-religioso e atua como enviado especial da Santa Sé para a paz na Ucrânia. É um nome forte entre os progressistas.

Pierbattista Pizzaballa (Itália)

Patriarca Latino de Jerusalém e cardeal desde 2023, Pizzaballa é uma figura central no diálogo entre religiões no Oriente Médio. Franciscano, tem uma longa trajetória na Terra Santa e foi Custódio dos Lugares Santos de 2004 a 2016. Em 2023, se destacou ao visitar Gaza durante o conflito.

Jean-Marc Aveline (França)

Arcebispo de Marselha e nomeado cardeal em 2022, é considerado um dos mais alinhados ao pensamento de Francisco. Dedica-se a temas como imigração e diálogo inter-religioso, sendo apontado como o “favorito francês” do Papa.

Peter Erdo (Hungria)

Arcebispo de Esztergom-Budapeste, Erdo é um nome forte entre os conservadores. Cardeal desde 2003, tem perfil acadêmico e grande influência no Leste Europeu. É ativo no diálogo com igrejas ortodoxas e comunidades judaicas.

José Tolentino de Mendonça (Portugal)

Prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, Tolentino é poeta, teólogo e intelectual. Nomeado cardeal em 2019, é visto como um dos representantes da ala progressista. Antes disso, foi arquivista e bibliotecário da Santa Sé.

Mario Grech (Malta)

Secretário-geral do Sínodo dos Bispos, Grech é um nome em ascensão no Vaticano. Bispo desde 2005, tem atuação marcada pelo diálogo e pela justiça social. Sua formação em Direito Canônico é destacada.

Luis Antonio Tagle (Filipinas)

Ex-presidente da Caritas Internacional e um dos favoritos de Francisco, Tagle é um defensor da justiça social e dos direitos humanos. Foi nomeado cardeal em 2012 por Bento XVI e tem experiência diplomática e pastoral em nível global.

Robert Francis Prevost (Estados Unidos)

Nascido em Chicago, Prevost é prefeito do Dicastério para os Bispos, órgão responsável por nomeações episcopais. Foi cardeal em 2023 e tem histórico de trabalho pastoral no Peru. É membro da Ordem de Santo Agostinho.

Wilton Gregory (Estados Unidos)

Primeiro cardeal afro-americano, Gregory é arcebispo de Washington D.C. desde 2020. É reconhecido por sua atuação contra o racismo, em defesa da justiça social e pelo combate aos abusos sexuais na Igreja.

Blase Cupich (Estados Unidos)

Arcebispo de Chicago, é visto como progressista e defensor de uma Igreja inclusiva. Nomeado cardeal por Francisco em 2016, destaca-se pelo foco nas necessidades sociais e na inclusão dos marginalizados.

Fridolin Ambongo Besungu (República Democrática do Congo)

Arcebispo de Kinshasa e cardeal desde 2019, é um forte defensor da paz e da justiça social na África. Seu nome aparece entre os favoritos por representar a crescente influência da Igreja no continente africano.

Leonardo Ulrich Steiner (Brasil)

Primeiro cardeal da Amazônia, Steiner é arcebispo de Manaus e figura de confiança de Francisco. Defensor da causa ambiental e dos povos da floresta, foi nomeado cardeal em 2022 e representa um olhar pastoral voltado à periferia da Igreja.

Sérgio da Rocha (Brasil)

Arcebispo de Salvador, foi nomeado membro da Congregação para os Bispos e do Conselho de Cardeais por Francisco. É doutor em Teologia Moral e foi arcebispo de Brasília e Teresina, com grande atuação em projetos missionários.

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