Golpe do Pix: apresentador é acusado de desviar R$ 400 mil

O apresentar Marcelo Castro, conhecido como Juca, começará a ser julgado pela Justiça da Bahia nesta terça-feira (18), segundo informações da Folha de São Paulo. Ele é acusado de liderar uma organização criminosa que desviou mais de R$ 400 mil de doações destinadas a pessoas necessitadas – para realizar uma cirurgia, tratamento médico ou em extrema situação de vulnerabilidade, por exemplo.

O fato, segundo a Justiça, acontecia como Marcos Castro ainda era repórter do Balanço Geral, da Record.

Ainda conforme a investigação, R$ 146,2 mil teriam ficado com Castro, e R$ 145,7 mil com Jamerson Oliveira, ex-editor-chefe do Balanço Geral e atualmente parceiro de Castro no Alô Juca.

O desvio, segundo a Justiça, acontecia da seguinte forma: o grupo arrecadava as doações e destinava às vítimas a menor parte do volume arrecadado por meio de chaves Pix exibidos na tela do programa da Record. As chaves não eram de quem, de fato, pedia ajuda, e sim de pessoas ligadas ao esquema.

O golpe, que teria acontecido entre 2022 e 2023, só foi descoberto em março de 2023, após o jogador de futebol baiano Anderson Talisca decidir fazer uma doação de R$ 70 mil após assistir a uma reportagem. O valor seria dado à família do menino Guilherme, de 1 ano, que fazia um tratamento de câncer. Em contato com Marcelo Castro, contudo, um assessor do jogador constatou que o número do Pix repassado para doação não era o mesmo que apareceu na televisão durante a exibição da reportagem. 

Dias depois, a Record Bahia demitiu Marcelo Castro e Jamerson Oliveira. A criança mostrada na reportagem morreu semanas depois.

Ao menos uma pessoa já está presa pelo caso. Carlos Eduardo do Sacramento Marques Santiago de Jesus foi preso em dezembro do ano passado, sob acusação de que ele seria um dos operadores do esquema.

Marcelo Castro e Jamerson Oliveira prestaram depoimento à polícia. Foto: reprodução/TV Bahia

 

Conforme a polícia, ele era um dos titulares das contas correntes em que os valores eram depositados.

Na última sexta-feira (14), um novo pedido de prisão preventiva: Gerson Santos Santana Júnior teria sido cooptado pelo esquema infrator ao fornecer dados de sua conta bancária e o número do Pix e ajudar nos desvios. Até o fechamento desta reportagem, ele seguiu foragido.

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