O influenciador baiano Iuri Santos Abraão, conhecido como Iuri Sheik, foi absolvido na terça-feira (20), após passar por júri popular, na cidade de Santo Antônio de Jesus.
Ele era acusado da morte do empresário William de Oliveira, em 2019, durante uma festa de São João.
O Ministério Público do Estado (MP-BA) vai recorrer contra a sentença. A decisão foi tomada após um júri com duração de 10 horas.
O influenciador foi recebido com hostilidade ao chegar no Fórum Desembargador Wilde Oliveira Lima, na manhã de terça-feira, e foi chamado de assassino.
Em depoimento, que teve duração de cerca de uma hora, Iuri reforçou que agiu em legítima defesa. Ele admitiu que atirou contra William, mas disse que a arma não era dele, e sim da vítima.
O júri popular que absolveu Iuri Sheik foi composto por sete pessoas da sociedade civil, cuja maioria acolheu o argumento da defesa.
Para o MP-BA, o influenciador matou o empresário por motivo fútil: um desentendimento em uma festa. Sheik chegou a ficar preso no Completo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, entre 2019 e 2020. Ele foi solto após a Justiça conceder um habeas corpus e, desde então, aguardava o julgamento em liberdade.
O crime
Em junho de 2019, Iuri Sheik curtia os festejos de São João na cidade de Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo Baiano.
O empresário William de Oliveira, que era ex-sócio da banda Black Style, também estava na cidade e os dois se encontraram em uma festa estilo paredão.
A informação inicial apontada pela defesa de Iuri foi de que o crime foi motivado por uma briga de trânsito. Porém, ao longo das investigações, foi constatado que o homicídio ocorreu após William negar um aperto de mão de Iuri.
Após a negativa do empresário, o influenciador teria pegado uma arma de fogo e disparado duas vezes contra a vítima.
Na ocasião, a polícia informou que ficou ciente de que Sheik saiu em alta velocidade após os disparos contra o empresário. William foi levado para o Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus, passou por cirurgia, mas morreu dois dias após o crime.
Na época, o empresário deixou uma esposa e três filhas: uma de 13 anos, outra de 11 e a mais nova com apenas 40 dias de vida. Um mandado de prisão preventiva foi expedido contra Iuri Sheik e ele se apresentou à polícia três dias depois do crime.
