Nesta sexta-feira (25), a Polícia Civil identificou mais 20 pessoas suspeitas de aplicar o “golpe do falso consórcio” de imóveis em Salvador. Elas foram conduzidas para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP),
Conforme a polícia, a segunda fase da Operação “Falso Consórcio” tem o objetivo de combater crimes cometidos por integrantes de empresas de fachada que operam na capital.
A operação é fruto de uma investigação conduzida pela Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon), que já havia instaurado um inquérito policial para apurar um esquema que envolvia crimes de propaganda enganosa, estelionato, exercício ilegal da profissão de corretor de imóveis, lavagem de dinheiro e constituição de organização criminosa.
Durante a ação, os policiais estiveram em três empresas que continuam em atividade e são abertas ao público, localizadas em um prédio comercial na Avenida Antônio Carlos Magalhães, conhecida como ACM.
A polícia não detalhou quantas pessoas denunciaram ser vítimas do grupo. O prejuízo das vítimas varia entre R$ 5 mil e R$ 1 milhão. As investigações apontaram que os alvos faziam anúncios falsos em plataformas digitais para atrair compradores.
No dia 25 de março, cinco pessoas foram presas em flagrante por suspeita de aplicar o “golpe do falso consórcio” de imóveis em Salvador.
As prisões ocorreram após a denúncia de um influenciador digital que foi vítima do golpe. Ele comprou um apartamento que nunca foi entregue.
A empresa já era monitorada pela Delegacia de Defesa do Consumidor há meses e mais de 200 ocorrências já foram registradas contra eles. Dois dias depois, oito pessoas foram presas em flagrante suspeitas de aplicar o mesmo golpe, mas em Vitória da Conquista, no sudoeste do estado.
Os suspeitos eram investigados pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos do município desde 2024.
Veja abaixo o modus operandi dos suspeitos:
> O grupo agia cooptando clientes pela internet, através de sites e plataformas de vendas virtuais, oferecendo imóveis que não existiam.
> Quem se interessava pelos imóveis, era convidado a ir até a sede da empresa. Lá, os suspeitos davam orientações sobre a compra.
> As vítimas também visitavam os supostos imóveis e realizavam repasses financeiros, sem nunca receberem comprovação de documentos que confirmassem a negociação do bem.
> O grupo criminoso era estruturado e hierarquizado, com foco na prática de crimes de estelionato contra consumidores.
Conforme o influenciador, o grupo criminoso também simulava contatos com o banco.