Os canudos plásticos são usados diariamente e seu descarte prejudica o meio ambiente, levando cerca de 450 anos para se decompor. Ao analisarem os padrões de consumo de sua comunidade escolar, as estudantes Ana Clara Santana e Ana Clara Santos, do Centro Territorial de Educação Profissional do Médio Rio das Contas, em Ipiaú, decidiram criar, sob a orientação de Maysa da Silva, um canudo comestível. Utilizando amido de milho, gelatina e frutas, elas prometem uma solução sustentável para reduzir o impacto ambiental dos canudos tradicionais em sua localidade.
Segundo Ana Clara Santos, os ingredientes foram escolhidos após a realização de pesquisas sobre o assunto. O canudo pode ser usado em bebidas frias. “Escolhemos ingredientes comestíveis e biodegradáveis que pudessem oferecer a textura e resistência necessárias. A seleção incluiu opções que pudessem ser moldadas facilmente e mantivessem a integridade ao longo do tempo. Os principais ingredientes são amido de milho, gelatina e frutas, como uva, laranja e morango. O produto não contém glúten e lactose”, explica.
Durante o desenvolvimento do utensílio, as estudantes realizaram testes sensoriais, de durabilidade e palatabilidade. “Realizamos testes sensoriais para assegurar que o canudo tivesse um sabor agradável. Várias verificações de palatabilidade foram conduzidas para ajustar a fórmula. No laboratório de alimentos da escola, foi realizada a produção dos canudos, bem como as avaliações. Alguns indivíduos da comunidade escolar foram selecionados para utilizar o item e expressar suas opiniões. Essas informações têm auxiliado no aprimoramento do projeto”, afirma.
As jovens pesquisadoras foram premiadas na Tenda da Ciência, evento organizado pela Secretaria da Educação (SEC). Ana compartilha o sentimento da conquista e projeta o futuro. “Foi uma experiência incrível! Nos sentimos realizadas por participar e ganhar uma medalha. Os próximos passos consistem em aumentar a durabilidade do canudo, sobretudo adquirindo resistência a bebidas quentes e refrigerantes. No quesito sabor, a intenção do grupo é desenvolver uma versão de chocolate”. O projeto tem apoio da Superintendência da Educação Profissional da Bahia (Suprot), vinculada à SEC, e coorientação de Rosilma Silva.